segunda-feira, 7 de julho de 2008

Onde os Fracos Não Tem Vez

Filme de domingo foi esse aí, Onde os Fracos Não Tem Vez, grande vencedor do Oscar desse ano, não apenas como melhor filme, mas melhor roteiro adaptado, melhor direção e melhor ator coadjuvante.

Confesso que mais uma vez não consegui formar uma opinião sólida. Mas dessa vez é até compreensível: é um filme estranho, a começar pela ausência quase que total de qualquer tipo de trilha sonora. A ênfase é para o som ambiente, o que contribiu imensamente para o clima frio e sombrio do filme, mesclando perfeitamente também com a direção crua e brutal dos irmãos Coen. As cenas de ação são um primor e a fotografia não é nada menos que fantástica, dando vida a uma cenário que qualquer um consideraria morto.

O personagem do Javier Badern é um dos mais interessantes dos último tempos, não é à toa que está sendo comparado com o saudoso Hannibal Lecter. O estilo agressivo e calmo, com um sangue frio peculiar é o mesmo.

Acho que o que me incomodou no filme foi a história mesmo. Me pareceu meio jogada no vazio, sem muita explicação pra motivações, desejos, nada. Talvez possam argumentar que essa nunca seria a questão central do filme, que o filme trata apenas do comportamento humano dentro do contexto de uma perseguição mortal. Não vou entrar no mérito desse argumento ser válido ou não, provavelmente é, mas não é o suficiente pra mim. Não desejo filmes mastigadinhos, mas eu necessito de porquês.

Mas, como eu disse, a minha opinião sobre esse filme não está muito bem formada. Os pontos altos não me convencem de que eu gostei e os pontos baixos não me convencem de que eu não gostei e ao mesmo tempo esse filme é tudo menos mediano. De qualquer maneira, ele me fez pensar e por isso já merece crédito.

Um comentário:

Anônimo disse...

Po, ainda não assisti País Nenhum Para Homens Velhos, mas há quem diga que Haverá Sangue merecia mais.