sábado, 2 de abril de 2011

Asa Partida

Eu estou ligeiramente espantado, confesso. Estava arrumando meu quarto, quando achei um outro poema que eu não tinha a menor recordação de ter escrito. Nunca fui muito de escrever poemas, na verdade. É curioso que eu tenha achado dois esses dias, e que, bizarramente, os dois tratem de assuntos tão parecidos. Não fazia idéia de que eu me interessava tanto por isso, mas aparentemente é um fato.


Dentro de nossos corpos ecoa um terrível grito
Preso tristemente pela ambiguidade do ser humano
Destinado por natureza ao mais alto infinito
Fadado eternamente a um exílio mundano

Dos animais é o mais elevado
Um dom divino, talvez mera sorte
A razão dá a nós um exclusivo estado
Tirado sem pena pela certeza da morte

Estaremos condenados a tamanha maldição?
Como uma águia que foi para voar nascida
Mas que, por existir, teve sua asa partida

Para tal problema não parece haver solução
Devemos nos conformar com a dualidade da vida
Latejando para sempre uma dolorosa e aberta ferida

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Do Your Best

Um pequeno poema em inglês que eu fiz na PUC há alguns anos atrás. Teoricamente era um plano B pra um trabalho de religião em que deveríamos falar sobre um tema (que eu realmente já esqueci completamente qual era, mas era provavelmente algo ligado à "vida") de uma maneira "criativa", mas acabou que eu nem precisei usar (felizmente). De qualquer forma, queria registrá-lo aqui senão ele corre o risco de ficar preso pra sempre no limbo do meu armário.


Somehow I suddenly realise
What living is really about
So sit down and have a beer
For I'm about to tell you now

For so long people are thinking
And fighting for their ways
But how hopeless they all look
At the end of our days

Because life don't have a meaning
And we need to live with that
When you finally get this feeling
For you I'll take my hat

So don't bother with the future
Don't give a shit about the past
'Cause your life is just the present
Close your eyes and do your best