1. A eliminação na Libertadores não tira o brilho (?) de um título estadual.
2.Um título estadual não apaga o fiasco na Libertadores.
Agora que já deixamos isso de lado, eu achei legal como essa final comprovouu mais ou menos o que eu havia escrito há um tempo atrás sobre os campeonatos estaduais. Ninguém liga pra eles, os públicos são um fiasco, têm que ser extintos, bla bla bla. Mas nenhum torneio estimula a rivalidade como o estadual. Eu dei o exemplo do gol do Pet, que deve ser o momento mais marcante na memória de rubro negros da minha idade. Da mesma forma (em menor proporção, talvez), esse gol do Márcio Araújo vai ficar na história - pelo título, pela circunstância, pela polêmica.
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Assim, o que importa não é o Flamengo ter conquistado o título estadual. É ter vencido o Vasco. Ninguém liga pra campanha, ninguém se importa com as vitórias na primeira fase. É bobagem insistir nessa fórmula, quando está mais do que claro que um torneio de tiro curto já é mais do que suficiente para conseguirmos o que o estadual nos traz de positivo: emoção, grandes histórias e rivalidades.
À respeito da polêmica do gol em impedimento, também tenho as minhas considerações:
1. Não, não era um lance fácil (ao contrário do gol de falta na primeira fase). A bola ter ido no travessão antes de voltar para o jogador impedido faz toda a diferença. Claro, existem vários registros de lances como esse onde o bandeira conseguiu detectar o impedimento, mas o fato de nenhum jogador do Vasco ter reclamado do lance na hora mostra que não foi um erro ridículo. Foi um erro, sim, mas um erro perdoável.
2. O erro no impedimento em questão não pode ser comparado com alguns erros contra o Flamengo, como a falta do Everton Costa no Felipe no primeiro jogo, como alguns flamenguistas tem dito. A falta é uma interpretação, o impedimento é um fato.
3. É uma grande hipocrisia os vascaínos (e alguns jornalistas) reclamarem que os flamenguistas não tem caráter ao comemorarem um título que se deu com um gol ilegal. Como se isso não fizesse parte do futebol e como se caso a situação fosse inversa ninguém fosse comemorar e sacanear os torcedores rubro negros.
4. Não é sempre a favor do Flamengo. Todos os times tem momentos que levam vantagem e momentos que levam desvantagens. Se ultimamente o Flamengo tem sido mais beneficiado é muito mais por acaso do que porque estamos comprando todos os árbitros para ganhar campeonatos cariocas (vamos pensar grande aí gente, se é pra roubar vamos no roubar no brasileiro ou em algo que preste).
E à respeito do jogo:
1. Se tem uma coisa que o Flamengo aprendeu com a eliminação na Libertadores foi que esse time não sabe jogar tendo que atacar. O time não consegue ficar compacto e não tem a intensidade necessária para marcar a saída de bola dos adversários no campo de ataque. Assim, o Jayme percebeu que o jogo funciona muito melhor esperando o adversário em seu próprio campo fechando os espaços e saindo nos contra ataques.
2. Sendo assim, não achei o Vasco superior em momento nenhum, como muita gente disse. O Flamengo tava muito bem armado, e não ofereceu chance nenhuma. Também não conseguiu criar (muito mais por incompetência do que por mérito da defesa vascaína), mas isso é outra história. Pode ser meu coração rubro negro falando, mas eu sentia o gol mais perto do Flamengo que do Vasco.
3. O jogo mudou com a expulsão (totalmente injusta) do Chicão e do André. Isso prejudicou muito mais o Flamengo, que ficou com um buraco na zaga e perdeu o zagueiro que estava jogando muito. Pior, teve que colocar o Erazo, o jogador mais inexplicavelmente fracassado que eu já vi. Ele deve ser bom, porque ele é titular da seleção equatoriana, mas ele só faz merda!
4. Fazer um gol aos 45 minutos depois de a torcida adversária estar gritando "olé" e "é campeão" é um dos sentimentos mais prazerosos que existem.
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