Minha capa de livro preferida |
Li O Senhor dos Anéis pela primeira vez em 2002, pouco antes do lançamento do primeiro filme, e já o reli algumas vezes desde então. Estou relendo-o mais uma vez atualmente, e eu sempre fico fascinado com algum detalhe que me passou despercebido em outras leituras.
Muita gente reclama que o Tolkien era excessivamente descritivo e que os seus livros são muito cansativos de se ler. Embora eu entenda o que essas pessoas querem dizer, eu não vejo isso como algo negativo - e na verdade nem é esse exagero todo. De qualquer forma, eu acabei de chegar na parte onde a comitiva chega em Lórien. Todos entram de olhos vendados (em respeito ao Gimli). No momento em que lhes é permitido retirar as vendas, Frodo tem a oportunidade de observar a linda floresta de Lórien pela primeira vez ao seu redor, e o Tolkien não poderia descrever o que ele vê de maneira mais linda. Transcrevo, portanto:
"Os outros se jogaram sobre a relva cheirosa, mas Frodo continuou de pé por uns momentos, ainda pasmo e admirado. Tinha a impressão de ter atravessado uma janela alta que dava para um mundo desaparecido. Havia uma luz sobre esse mundo que não podia ser descrita na língua dele. Tudo o que via parecia harmonioso, mas as formas pareciam novas, como se tivesse sido concebidas e desenhadas no mesmo momento em que lhe tiraram a venda dos olhos, e ao mesmo tempo antigas, como se tivessem existido desde sempre. Frodo não viu cores diferentes das que conhecia, dourado e branco e azul e verde, mas eram novas e pungentes, como se naquele mesmo momento as tivesse percebido pela primeira vez, dando-lhes nomes novos e maravilhosos. Naquela região, no inverno, ninguém podia sentir saudades do verão ou da primavera. Não se podia ver qualquer defeito ou doença ou deformidade em cada uma das coisas que cresciam sobre a terra. Não haviam manchas na terra de Lórien."
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