Filme de domingo foi esse aí, Onde os Fracos Não Tem Vez, grande vencedor do Oscar desse ano, não apenas como melhor filme, mas melhor roteiro adaptado, melhor direção e melhor ator coadjuvante.
Confesso que mais uma vez não consegui formar uma opinião sólida. Mas dessa vez é até compreensível: é um filme estranho, a começar pela ausência quase que total de qualquer tipo de trilha sonora. A ênfase é para o som ambiente, o que contribiu imensamente para o clima frio e sombrio do filme, mesclando perfeitamente também com a direção crua e brutal dos irmãos Coen. As cenas de ação são um primor e a fotografia não é nada menos que fantástica, dando vida a uma cenário que qualquer um consideraria morto.
O personagem do Javier Badern é um dos mais interessantes dos último tempos, não é à toa que está sendo comparado com o saudoso Hannibal Lecter. O estilo agressivo e calmo, com um sangue frio peculiar é o mesmo.
Acho que o que me incomodou no filme foi a história mesmo. Me pareceu meio jogada no vazio, sem muita explicação pra motivações, desejos, nada. Talvez possam argumentar que essa nunca seria a questão central do filme, que o filme trata apenas do comportamento humano dentro do contexto de uma perseguição mortal. Não vou entrar no mérito desse argumento ser válido ou não, provavelmente é, mas não é o suficiente pra mim. Não desejo filmes mastigadinhos, mas eu necessito de porquês.
Mas, como eu disse, a minha opinião sobre esse filme não está muito bem formada. Os pontos altos não me convencem de que eu gostei e os pontos baixos não me convencem de que eu não gostei e ao mesmo tempo esse filme é tudo menos mediano. De qualquer maneira, ele me fez pensar e por isso já merece crédito.
Um comentário:
Po, ainda não assisti País Nenhum Para Homens Velhos, mas há quem diga que Haverá Sangue merecia mais.
Postar um comentário