Nesse mundo absurdo em que vivemos a competitividade parece ser a palavra da moda e a vida anda mais difícil do que nunca. Não que tenha sido fácil alguma vez, mas não vemos mais nada caindo do céu, a não ser aviões, mas estes não deveriam cair até onde me consta e, na verdade, nem eles nós chegamos a ver, embora que tenham caído não parece restar dúvidas.
Essa vida, porém, não nos nega prazeres, e eles, apesar de tudo, estão por aí. O problema se dá nas condições impostas por esses prazeres, condições que cada dia mais estão expostas na necessidade maligna de possuírmos o velho e manjado vil metal, ainda que de metal hoje em dia tenha restado pouca coisa, mas que assim ficou conhecido, talvez por vil papel não ter a mesma força.
Podemos ignorar a dificuldade que existe hoje em dia em arranjar dinheiro. Tal fato já foi devidamente esmiuçado por muita gente, e ninguém mais aguenta tocar nesse assunto. Suponhamos, então, que não seja muito difícil e que possamos arranjar um emprego e ganhar dinheiro quando quisermos. Como dito, nada mais cai do céu, e esse dinheiro só vai pedir uma coisa de você para poder entrar no seu bolso:
Seu tempo.
Ora, mas o tempo é o nosso bem mais precioso, e uma vida sem tempo é uma idéia tanto imbecil quanto paradoxal. Se procuramos dinheiro para obtermos prazer, aonde vamos aplicar esse prazer se gastamos nosso tempo para conseguir dinheiro in the first place?
E nesse mundo insólito nós sacrificamos nosso bem mais precioso para conseguirmos alguns dias por mês e um mês de férias depois de dois anos. Não é a toa que cada dia mais pessoas estão com depressão por aí.
O mundo nunca fez muito sentido, mas a cada dia que passa faz menos.
(Esse post poderia ser trocado por apenas algumas palavras: "quero voltar a fazer aulas de tênis mas não tenho dinheiro, se eu fizesse um estágio eu teria dinheiro, mas daí eu não teria tempo".)
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